CURSO DE ATUALIZAÇÃO
DESENVOLVENDO AS CAPACIDADES DE LEITURA E ESCRITA NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
MONITORAS: Maria Aparecida Sanches Cardoso Neves
Tamar Naline Shumiski
ALUNA: Magali Aparecida Caselli Iglesias Lima
ATIVIDADE FINAL DO MÓDULO I
MONITORAS: Maria Aparecida Sanches Cardoso Neves
Tamar Naline Shumiski
ALUNA: Magali Aparecida Caselli Iglesias Lima
ATIVIDADE FINAL DO MÓDULO I
PROPOSTA DE ATIVIDADES DE LEITURA E ESCRITA
CARLO FRABETTI.
RESENHA
ALICE É UMA MENINA DOS DIAS DE HOJE QUE ODEIA MATEMÁTICA. NUMA VIAGEM FABULOSA, ELA ENCONTRA PERSONAGEM DA HISTÓRIA DE UMA OUTRA ALICE, A DO PAÍS DAS MARAVILHAS, E VIVE MUITAS AVENTURAS. MAS A GRANDE AVENTURA DE ALICE – E DOS LEITORES – É DESCOBRIR QUE A MATEMÁTICA , ALÉM DE ÚTIL, TAMBÉM É DIVERTIDA.
O LIVRO
CAPÍTULO 1
A MATEMÁTICA NÃO SERVE PARA NADA
Alice estava sentada no parque perto de sua casa, com um livro e um caderno no colo e uma caneta na mão. O sol brilhava e os pássaros alegravam a manhã com seu canto, mas a menina estava de mau humor; tinha de fazer a lição de casa.
- Que droga de matemática! Por que tenho de perder tempo com essas contas ridículas em vez de brincar ou ler um bom livro de aventura? - queixou-se em voz alta. - A matemática não serve pra nada!
Como se sua palavras fossem mágicas, saiu detrás de uns arbustos, ao lado do banco onde estava sentada, um estranho personagem: um indivíduo comprido, com rosto melancólico, usando roupas como as de antigamente. Parecia uma ilustração de um velho livro de Dickens que havia na casa de sua avó, pensou Alice.
- Será que ouvi direito, jovem? Você disse que a matemática não serve para nada? -perguntou o homem, com uma expressão preocupada.
- Sim, foi isso mesmo que eu disse. Mas, quem é você? Não é um daqueles que incomodam as meninas nos parques...
- Depende do que você entende por incomodar. Se a matemática a incomoda tanto quanto suas lamentações absurdas fazem crer, talvez se sinta, de fato, pouco à vontade na frente de um matemático.
- Por quê? Por acaso você é matemático? Você mais parece um desses poetas que andam por aí arrancando pétalas de margaridas.
- Também sou poeta.
- Recite um poema, então.
- Depois, talvez. Quando a gente encontra uma menina cabeça dura que diz que a matemática não serve para nada, precisamos primeiro mostrar que está errada.
- Não sou cabeça dura! - protestou Alice. - E não quero que fique aí falando de matemática!
- Isso é um absurdo, considerando o quanto os números lhe interessam.
- Me interessam? Você está brincando! Os números não me interessam nem isto aqui -retrucou Alice, juntando a ponta do indicador e do polegar. - Não sei, nem quero saber nada de matemática.
- Está enganada. Sabe mais do que pensa saber. Por exemplo, quantos anos você tem?
- Onze.
- E quantos anos você tinha no ano passado?
- Mas que pergunta boba...dez, óbvio.
- Então, você sabe contar, e essa é a origem e a base da aritmética. Você acabou de dizer que não serve para nada, mas, já parou para pensar como seria o mundo se não existissem os números, se não soubéssemos contar?
- Com certeza seria muito mais divertido.
- Mas, por exemplo, você não saberia que tem onze anos. Aliás, ninguém saberia, e, muito provavelmente, em vez de estar tão tranqüila passeando no parque, talvez estivesse trabalhando como um adulto.
- Não estou passeando, estou estudando matemática!
- Muito bom! É muito bom mesmo que as crianças de onze anos estudem matemática. Aliás, você sabe como se escreve o número onze?
- Claro que sei, assim - respondeu Alice, escrevendo 11 em seu caderno.
- Muito bem. E por que esses dois números “um” juntos representam o número 11?
- Porque sim. Sempre foi desse jeito.
- Não, senhora. Para os antigos romanos, por exemplo, dois números “um” juntos não representavam o número onze, mas o número dois - respondeu o homem, pegando a caneta de Alice e escrevendo um II enorme no caderno.
- É verdade - admitiu a menina. - Na casa de minha avó, tem um relógio com esses algarismos do tempo dos romanos... Com um dois igual a esse.
- E, se pensarmos bem, parece o mais lógico, você não acha?
- Por quê?
- Se colocarmos uma maça ao lado de outra maça, temos duas maças, certo?
- Certo.
- E se colocarmos um ao lado de outro um, temos dois uns e duas vezes um é dois.
- É verdade, nunca tinha pensado nisso. Por que então 11 significa onze e não dois?
- Você está me fazendo uma pergunta de matemática?
- Acho que sim.
- Alguns minutos atrás, você disse que não queria nem ouvir falar de matemática. Você é bastante indecisa. Muda muito de opinião.
- Só mudei de opinião uma vez! - retrucou Alice. - Além do mais, não quero mesmo que você fale nada de matemática, só quero que explique o onze.
- Não posso explicar só o onze, na matemática as coisas se relacionam entre si, decorrendo uma das outras de forma lógica. Para explicar por que o número onze se escreve desse jeito, tenho de contar a história dos números desde o começo.
- E é uma história muito comprida?
- Acho que sim.
- Não gosto de histórias muito longas; quando se chega ao final, não se lembra mais do início.
- Bem , no lugar da história dos números, posso contar um conto, que é quase a mesma coisa...
ASSIM CONTINUA O LIVRO COM VÁRIOS CAPÍTULOS INTERESSANTES SOBRE A MATEMÁTICA, ONDE O PROFESSOR PODE SE AVENTURAR:
- O CONTO DA CONTA: relata como surgiram os números.
- O BURACO DA MINHOCA: pode-se explorar medidas e conceitos básicos de geometria.
- O PAÍS DOS NÚMEROS: onde vários desafios são lançados e vão formando conceitos de Números Primos e Múltiplos, direcionando para o Crivo.
- O CRIVO DE ERATÓSTENES: ensina a crivar números e a tabuada.
- O LAMBIRITO: cita a topologia que estuda as propriedades gerais de qualquer figura, sem considerar forma ou tamanho.
- O MONSTRO DO LABIRINTO: os personagens conhecem a Minovaca que gostava de tabuada e lança um desafio à Alice.
- O DESERTO DE TRIGO: conta a história do jogo de xadrez, onde o Rei desafia Alice a jogar e ganhar com o menor número de jogadas.
- UM BOSQUE DE NÚMEROS: as aventuras continuavam com grandes surpresas para Alice, pois no bosque, redescobre a fórmula que representa a soma dos membros de uma progressão aritmética e consequentemente a progressão geométrica.
A MATEMÁTICA NÃO SERVE PARA NADA
Alice estava sentada no parque perto de sua casa, com um livro e um caderno no colo e uma caneta na mão. O sol brilhava e os pássaros alegravam a manhã com seu canto, mas a menina estava de mau humor; tinha de fazer a lição de casa.
- Que droga de matemática! Por que tenho de perder tempo com essas contas ridículas em vez de brincar ou ler um bom livro de aventura? - queixou-se em voz alta. - A matemática não serve pra nada!
Como se sua palavras fossem mágicas, saiu detrás de uns arbustos, ao lado do banco onde estava sentada, um estranho personagem: um indivíduo comprido, com rosto melancólico, usando roupas como as de antigamente. Parecia uma ilustração de um velho livro de Dickens que havia na casa de sua avó, pensou Alice.
- Será que ouvi direito, jovem? Você disse que a matemática não serve para nada? -perguntou o homem, com uma expressão preocupada.
- Sim, foi isso mesmo que eu disse. Mas, quem é você? Não é um daqueles que incomodam as meninas nos parques...
- Depende do que você entende por incomodar. Se a matemática a incomoda tanto quanto suas lamentações absurdas fazem crer, talvez se sinta, de fato, pouco à vontade na frente de um matemático.
- Por quê? Por acaso você é matemático? Você mais parece um desses poetas que andam por aí arrancando pétalas de margaridas.
- Também sou poeta.
- Recite um poema, então.
- Depois, talvez. Quando a gente encontra uma menina cabeça dura que diz que a matemática não serve para nada, precisamos primeiro mostrar que está errada.
- Não sou cabeça dura! - protestou Alice. - E não quero que fique aí falando de matemática!
- Isso é um absurdo, considerando o quanto os números lhe interessam.
- Me interessam? Você está brincando! Os números não me interessam nem isto aqui -retrucou Alice, juntando a ponta do indicador e do polegar. - Não sei, nem quero saber nada de matemática.
- Está enganada. Sabe mais do que pensa saber. Por exemplo, quantos anos você tem?
- Onze.
- E quantos anos você tinha no ano passado?
- Mas que pergunta boba...dez, óbvio.
- Então, você sabe contar, e essa é a origem e a base da aritmética. Você acabou de dizer que não serve para nada, mas, já parou para pensar como seria o mundo se não existissem os números, se não soubéssemos contar?
- Com certeza seria muito mais divertido.
- Mas, por exemplo, você não saberia que tem onze anos. Aliás, ninguém saberia, e, muito provavelmente, em vez de estar tão tranqüila passeando no parque, talvez estivesse trabalhando como um adulto.
- Não estou passeando, estou estudando matemática!
- Muito bom! É muito bom mesmo que as crianças de onze anos estudem matemática. Aliás, você sabe como se escreve o número onze?
- Claro que sei, assim - respondeu Alice, escrevendo 11 em seu caderno.
- Muito bem. E por que esses dois números “um” juntos representam o número 11?
- Porque sim. Sempre foi desse jeito.
- Não, senhora. Para os antigos romanos, por exemplo, dois números “um” juntos não representavam o número onze, mas o número dois - respondeu o homem, pegando a caneta de Alice e escrevendo um II enorme no caderno.
- É verdade - admitiu a menina. - Na casa de minha avó, tem um relógio com esses algarismos do tempo dos romanos... Com um dois igual a esse.
- E, se pensarmos bem, parece o mais lógico, você não acha?
- Por quê?
- Se colocarmos uma maça ao lado de outra maça, temos duas maças, certo?
- Certo.
- E se colocarmos um ao lado de outro um, temos dois uns e duas vezes um é dois.
- É verdade, nunca tinha pensado nisso. Por que então 11 significa onze e não dois?
- Você está me fazendo uma pergunta de matemática?
- Acho que sim.
- Alguns minutos atrás, você disse que não queria nem ouvir falar de matemática. Você é bastante indecisa. Muda muito de opinião.
- Só mudei de opinião uma vez! - retrucou Alice. - Além do mais, não quero mesmo que você fale nada de matemática, só quero que explique o onze.
- Não posso explicar só o onze, na matemática as coisas se relacionam entre si, decorrendo uma das outras de forma lógica. Para explicar por que o número onze se escreve desse jeito, tenho de contar a história dos números desde o começo.
- E é uma história muito comprida?
- Acho que sim.
- Não gosto de histórias muito longas; quando se chega ao final, não se lembra mais do início.
- Bem , no lugar da história dos números, posso contar um conto, que é quase a mesma coisa...
ASSIM CONTINUA O LIVRO COM VÁRIOS CAPÍTULOS INTERESSANTES SOBRE A MATEMÁTICA, ONDE O PROFESSOR PODE SE AVENTURAR:
- O CONTO DA CONTA: relata como surgiram os números.
- O BURACO DA MINHOCA: pode-se explorar medidas e conceitos básicos de geometria.
- O PAÍS DOS NÚMEROS: onde vários desafios são lançados e vão formando conceitos de Números Primos e Múltiplos, direcionando para o Crivo.
- O CRIVO DE ERATÓSTENES: ensina a crivar números e a tabuada.
- O LAMBIRITO: cita a topologia que estuda as propriedades gerais de qualquer figura, sem considerar forma ou tamanho.
- O MONSTRO DO LABIRINTO: os personagens conhecem a Minovaca que gostava de tabuada e lança um desafio à Alice.
- O DESERTO DE TRIGO: conta a história do jogo de xadrez, onde o Rei desafia Alice a jogar e ganhar com o menor número de jogadas.
- UM BOSQUE DE NÚMEROS: as aventuras continuavam com grandes surpresas para Alice, pois no bosque, redescobre a fórmula que representa a soma dos membros de uma progressão aritmética e consequentemente a progressão geométrica.
- O CHÁ DAS CINCO: explora o conceito de frações, porcentagens, frações equivalentes, números decimais e seu valor posicional.
- O SORRISO ENIGMÁTICO: dá sentido ao desconhecido na matemática, ou seja a incógnita chegando a formular a equação do 1º grau.
- O QUADRADO MÁGICO: utilizando o recurso de Gaus resolve o quadro mágico.
- O MATEMAGO: utilizando matemagia, explica a propriedade da seqüência das potências de 2.
- OS COELHOS DE FIBONACCI: comparando com a reprodução dos coelhos, trabalha a seqüência que dá origem a expressões algébricas.
- EPÍLOGO: Alice abre os olhos e encontra um livro de matemática no colo e conclui que estudar matemática não é tão chato!
UM POUCO DE MATEMÁTICA AQUI, UM POUCO DE HISTÓRIA ALI...VIRE A PÁGINA E DESCUBRA COMO TUDO SE RELACIONA!
ALICE NO PAÍS DOS NÚMEROS
ALICE NO PAÍS DOS NÚMEROS
AUTOR: CARLO FRABETTI
TRADUÇÃO: MARIA DOLORES PRADES
ILUSTRAÇÕES: CRIS & JEAN
EDITORA ÁTICA
Minha proposta de leitura desse livro vem em direção com a nova postura do professor em fazer a Matemática mais compreensível. O vocabulário utilizado pelo autor é de fácil compreensão, ou seja parece ter existido um cuidado em utilizar palavras específicas do campo da matemática, expressões que explora o imaginário e forma de linguagens visuais, além de desenvolver ou aprofundar conteúdos matemáticos.
A utilização de capítulos pequenos facilita a leitura, direcionando ao clima de “suspense” envolvendo o leitor do início ao fim. Suspense este que não se resume a uma única problematização, mas em pequenos suspenses que vão se desvelando e abrindo espaço para novos episódios, de modo que a aventura vai criando um ritmo próprio e estimulante.
Minha proposta de leitura desse livro vem em direção com a nova postura do professor em fazer a Matemática mais compreensível. O vocabulário utilizado pelo autor é de fácil compreensão, ou seja parece ter existido um cuidado em utilizar palavras específicas do campo da matemática, expressões que explora o imaginário e forma de linguagens visuais, além de desenvolver ou aprofundar conteúdos matemáticos.
A utilização de capítulos pequenos facilita a leitura, direcionando ao clima de “suspense” envolvendo o leitor do início ao fim. Suspense este que não se resume a uma única problematização, mas em pequenos suspenses que vão se desvelando e abrindo espaço para novos episódios, de modo que a aventura vai criando um ritmo próprio e estimulante.
Um comentário:
oi!... amei o plano!
Estou tentando o livro em pdf mas até agora não consegui, sabe de um link onde posso conseguir esse livro em pdf. obrigado!
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